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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Viver é comunicar

" [...] A comunicação não vive por si mesma, como algo separado da vida da sociedade. Sociedade e comunicação são uma coisa só. Não poderia existir comunicação sem sociedade, nem sociedade sem comunicação. A comunicação não pode ser melhor que sua sociedade nem está melhor que sua comunicação. (Bordenave, p. 16 e 17, 2006)".

Sendo assim, a comunicação está em todos os âmbitos de nossa vida, seja entre amigos, trabalho, ideologias, etc. Viver é comunicar, é compreender que tudo, absolutamente tudo é comunicação, seja na dança, no teatro, na mímica, nos símbolos, nas letras cotidianas ou cultas, tudo ao nosso redor nos informa de alguma coisa, tudo se comunica, pois viver é comunicar. - Wagner Miranda

Sucesso e fracasso são temporários; o que permanece é a competência!

Todos sonhamos com o sucesso e odiamos o fracasso, mas não existe sucesso nem fracasso eternos, a competência, ou o resultado desses autos e baixos é que permanece para nos dar maior visibilidade na próxima onda de oportunidades.

O sucesso é a soma de competência e talento com ação, sem a perda do entusiasmo. Os sonhos devem ser colocados na prática sem a perda do foco na conquista do seu objetivo, mesmo diante dos fracassos que certamente enfrentará.

O equilíbrio entre estes fatores – sucesso e fracasso visando o objetivo, que o ajudam a não perder o foco é a Comunicação com Ética. Aqui os dois se encontram, se unem e se tornam tão importantes um quanto o outro. Precisamos nos fazer entender com clareza, respeitando os direitos de cada um, sem usar o outro como escada. Aí sim as metas serão galgadas passo a passo, mesmo que em conta gotas, mas estabilizando estes passos para que os fracassos sejam apoio para melhorar a Comunicação com Ética e o sucesso torne-se realidade garantida. - Wagner Miranda

Sem uma boa comunicação: 'Silas'!!!

Até os animais se comunicam. Eles precisam entender as organizações do grupo. Em uma matilha, precisam saber a decisão do líder lobo que eles mesmo definiram como chefe e execultar com afinco o que for imposto. Os leões precisam se submeter ao mais forte e para isso deitam-se em submissão. As formigas entendem as mensagens via aromas expelidos pelos companheiros. ... Em todo o mundo animal a comunicação é excencial para a sobrevivência da espécie.

Como seres 'racionais', temos uma responsabilidade muito maior, pois além de ações para sobrevivência da espécie, precisamos conviver socialmente com todos os tipos de costumes, culturas, individualidades, passando nossa ideologia e absorvendo a de outrem.

E como vendedores - que é no que nos tornaremos - temos uma responsabilidade muito maior na comunicação, pois é com ela que definiremos se seremos um sucesso ou um fracasso. Sendo assim, sem uma boa comunicação: 'Silas'!!! - Wagner Miranda

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Podemos ser julgados éticamente corretos ou errados?

A globalização vem tornando fácil a aquisição de grandes tecnologias que só seriam possíveis a grupos específicos em tempos nem muito remotos. Mas a demanda exige produção em massa, e são necessários muitos profissionais de grande qualificação para produzir o produto que antes atingia centenas ou milhares e agora atingem milhões de pessoas ao redor do mundo sem fronteiras pela globalização. Isso leva empresários arcaicos que não possuem responsabilidade social a pagar menos e de forma diferenciada àqueles que não são tão qualificados, mas que aprendem, se profissionalizam e ampliam a produção da empresa, triplicando seus lucros, que continuam pagando salários misérias por ter interferido culturalmente no limite financeiro daquelas pessoas. O que parece pouco em umas regiões, pode ser a salvação de outras. Mas estas diferenças não deveriam existir, já que, como homo sapiens, somos todos iguais e deveríamos ter os mesmos direitos.

Para melhor entendimento, vou dar um exemplo de uma empresa aqui em Jequié-Ba. "A famosa Ramarim, empresa de calçados, com sede no Rio Grande do Sul, implantou uma de suas fábricas em nossa cidade a mais de 12 anos. Na época, faltava emprego e a idéia de uma grande empresa soou maravilhosamente bem, mesmo adentrando sob centenas de exigências como: 'Nada de impostos para o município por 10 anos', 'ajuda financeira na instalação dos galpões' que receberiam os equipamentos e 'salários "condizentes" com os profissionais mal qualificados', ou seja, quase metade do que se pagava no Rio Grande do Sul, onde fica sua sede.

Diante da necessidade urgente de criar empregos, os políticos aceitaram, até para garantir votos na eleição que se seguia. Politicamente a coisa funcionou; mas 10 anos depois, após centenas de profissionais já qualificados, outras centenas de deficientes por conta da ação repetitiva e o pagamento ainda inferiorizado em relação aos mesmos profissionais gauchos, a empresa declarou fechamento por haver vencido o prazo de não pagar impostos, e a mesma preferiria procurar outro polo necessitado, para não ter que arcar com os custos reias e padrões de uma produção em massa.

Com uma cultura interferida e inferiorizada, criada por uma demanda de mais de 2000 funcionários ativos, o novo prefeito se viu diante de uma clara necessidade de continuar mantendo seus cidadãos inferiorizados para não incorrer no risco de desemprego em massa em sua gestão. Resultado: A empresa ganhou mais dez anos de isenção e mais um galpão para ampliar a produção dos produtos que são vendidos ao mesmo valor dos produzidos pelos gaúchos, mesmo sob custo menor, mas que garante uma margem de lucros muito maior."

Como veem, esta realidade jequieense se encontra em centenas de outras cidades e, em muitos casos ao redor do mundo, até muito pior, chegando à escravidão, e nós, de certa forma, contribuímos para que isto continue, alimentando financeiramente estas empresas, quando adquirimos seus produtos sem sabermos ou nos interessarmos por, exatamente como se produz e quais as custas daquilo que tanto nos satisfaz.

Então pergunto:
Somos nós moralmente responsáveis por atos deste naipe ou mesmo pior?
Podemos ser éticamente julgados por adquirirmos produtos sem nos interessar por maiores detalhes de sua produção, quando estes podem estar sugando de alguém para que possamos luxar?
Escatologicamente estaríamos nós tendo parcela de culpa?
Precisamos fazer a diferença, ou podemos simplesmente seguir a maré sem sermos responsabilizados por isso?
- Wagner Miranda

Nota:  Vale resaltar que a empresa citada é apenas um exemplo, mas que a mesma cumpre suas regras legais dentro do que se foi acordado para implantação da empresa. O julgamento aqui é apenas de responsabilidade social, de ética, tópico de estudo no curso de Tecnologias em Negócios Imobiliários.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A teoria ética utilitarista

 
O Utilitarismo é um tipo de ética normativa -- com origem nas obras dos filósofos e economistas ingleses do século XVIII e XIX. Jeremy Bentham e John Stuart Mill, -- segundo a qual uma ação é moralmente correta se tende a promover a felicidade e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não apenas a felicidade do agente da ação mas também a de todos afetados por ela.

Esta teoria rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses, mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados independentemente das conseqüências que eles possam ter.

O Utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente porque, de acordo com o Utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação ruim no indivíduo.

Para Bentham, a doutrina do direito natural é insatisfatória por duas razões: primeiro, porque não é possível provar historicamente a existência de tal contrato; segundo, porque, mesmo provando-se a realidade do contrato, subsiste a pergunta sobre por que os homens estão obrigados a cumprir compromissos em geral. Em sua opinião, a única resposta possível reside nas vantagens que o contrato proporciona à sociedade.

- http://www.cobra.pages.nom.br/ft-utilitarismo.html/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Jeremy_Bentham

Stakeholder

Em inglês, significa “stake”, interesse; e “holder”, aquele que possui - em portugês seria a parte interessada ou interveniente. É um termo usado em diversas áreas como administração e arquitetura de software referente às partes que são todos aqueles que influenciam uma empresa. São os interessados pelos projetos, gerenciamento, mercado e produtos de uma empresa.

São os colaboradores, funcionários, clientes, consumidores, planejadores, acionistas, fornecedores, governo e demais instituições que direta ou indiretamente interfira nas atividades gerenciais e de resultado de uma organização. São os elementos essenciais ao planejamento estratégico de negócios.

É qualquer indivíduo ou entidade que afete as atividades de uma empresa. O termo foi inaugurado pelo filósofo Robert Edward Freeman, que defendia a ideia da interferência dos stakeholders como fundamental no planejamento estratégico.

Um processo empresarial abrange interferências de caráter temporárias ou duradouras. O bom desempenho de um projeto depende da opinião e do trabalho de todos os interessados, desde que compreendidas pelos seus gestores.

Toda interferência, desde a sugestão de um fornecedor até a reclamação de um consumidor, visa aumentar o nível de satisfação a respeito dos produtos da empresa e aprimorar todos os processos de trabalho. É necessário o envolvimento e capacidade de considerar as opiniões e projetos que  possam cercar e adentrar numa empresa.

Alguns exemplos possíveis de stakeholders de uma empresa são:
  •  Acionistas
  •  Donos
  •  Investidores
  •  Empregados
  •  Fornecedores/subministradores da empresa
  •  Sindicatos
  •  Associações empresariais, revolucionais ou profissionais
  •  Comunidades onde a empresa tem operações: associações de vizinhos
  •  Grupos Normativos
  •  Governos municipais
  •  Governos estatais
  •  Governo federal
  •  ONGs
  •  Concorrentes
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Stakeholder/ http://www.infoescola.com/administracao_/stakeholders/ http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_id=1828/

Código de ética empresarial

Como se percebe, é cada vez mais importante para as empresas manterem canais de comunicação com seus diversos públicos estratégicos, por meio dos quais comuniquem os princípios e valores que norteiam suas atividades, bem como os avanços na área social. Assim, os relatórios de responsabilidade social corporativa ou balanços sociais certamente estão ganhando importância nas organizações, até mesmo pelo fato da globalização e internacionalização de seus negócios. E o foco desses relatórios está cada vez mais voltado para as relações das organizações com os públicos com os quais ela interage: funcionários, consumidores, fornecedores, comunidade, investidores, entre outros.
 
Neste novo cenário organizacional - e com as novas exigências do mercado e da sociedade - também as declarações de visão, propósito e missão, as cartas de valores, os chamados credos empresariais e os códigos de ética empresarial ganham importância,  figurando como delineadores da cultura e políticas organizacionais para os diversos públicos que interagem com a organização e constituindo um instrumento de orientação à tomada de decisões pela alta administração. Estes documentos devem representar também um compromisso com a sociedade e, por isso mesmo, é imprescindível que os valores e princípios neles descritos sejam genuinamente praticados pela organização na realização de suas atividades.

Segundo o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, uma associação de empresas interessadas em desenvolver suas atividades de forma socialmente responsável, o código de ética empresarial é "um instrumento de realização da visão e missão da empresa, que orienta suas ações e explicita sua postura social a todos com quem mantém relações". 

Os códigos de ética empresarial não apenas formalizam os compromissos éticos da empresa, mas também constituem uma importante ferramenta de comunicação desses valores e práticas para seus stakeholders. Eles exprimem os princípios que norteiam a atividade da organização e suas expectativas com relação ao comportamento de seus funcionários e à qualidade das relações estabelecidas com as partes interessadas.
Enfim, os códigos de ética empresarial são a articulação dos valores que conduzem a conduta empresarial. Cada vez mais, as organizações estão percebendo que podem agregar valor às relações com seus parceiros, funcionários, clientes, e muitos outros públicos, por meio de seus códigos de ética.

Porém, adotar um código de ética empresarial não significa simplesmente  escrever um série de tópicos como se fossem ordens ou mandamentos e distribui-los aos funcionários. É necessário que suas palavras reflitam os valores realmente praticados a partir dos dirigentes para que seja interiorizado nos demais níveis da organização. Por constituir-se uma comunidade hierárquica, que concentra o poder de decisão na alta administração, pode-se dizer que o comportamento dos colaboradores da empresa é em grande parte influenciado pelas determinações e exemplos que vêm de cima.

Por outro lado, a adesão da alta direção à prática dos valores e princípios do código de ética empresarial também não é, por si só, suficiente. Para moldar comportamentos e atitudes, é necessário que a empresa promova o diálogo sobre as questões éticas, além de acompanhar, avaliar, cobrar, recompensar e estimular. Mais do que isso, é necessário entender que a organização é apenas um subsistema dentro da sociedade, e que a cultura organizacional também é parte da própria cultura da sociedade que a cerca.

Um aspecto importante a ser observado é o papel da comunicação neste processo de identificação de cultura e disseminação de valores na organização. Percebe-se que a construção da identidade e imagem organizacional depende fundamentalmente de um processo de comunicação constante, transparente e eficaz nas frentes interna e externa da organização.

Neste sentido, as relações públicas, ao identificarem os valores e cultura organizacionais e ao administrarem a comunicação da organização com seus diversos públicos estratégicos, buscando a compreensão e integração entre os mesmos, estão diretamente relacionadas à elaboração e implantação dos códigos de ética empresariais. 

- Códigos de Ética Empresarial e as Relações da Organização com seus Públicos - Marina do Amaral Daineze

A Moral de Kant

 
É só no domínio da moral que a razão poderá, legitimamente, manifestar-se em toda sua pujança. A razão teórica tinha necessidade da experiência para não se perder no vácuo da metafísica. A razão prática, isto é, ética, deve ao contrário, ultrapassar, para ser ela própria, tudo que seja sensível ou empírico.

Toda ação que toma seus móveis da sensibilidade, dos desejos empíricos, é estranha à moral, mesmo que essa ação seja materialmente boa. Por exemplo: se me empenho por alguém por cálculo interessado ou mesmo por afeição, minha conduta não é moral. Com efeito, amanhã, meus cálculos e meus sentimentos espontâneos poderiam levar-me a atos contrários. A vontade que tem por fim o prazer, a felicidade, fica submetida às flutuações de minha natureza. Nesse ponto, Kant se opõe não só ao naturalismo dos filósofos iluministas, mas, também, à ontologia otimista de São Tomás, para quem a felicidade é o fim legítimo de todas as nossas ações. Em Kant, há o que Hegel mais tarde denominará uma visão oral do mundo que afasta a ética dos equívocos da natureza. O imperativo moral não é um imperativo hipotético que submeteria o bem ao desejo (cumpre teu dever se nele satisfazes teu interesse, ou então, se teus sentimentos espontâneos a ele te conduzem), mas o imperativo categórico: Cumpre teu dever incondicionalmente.

Em que consiste esse dever? Uma vez que as leis que a Razão se impõe não podem, em nenhum caso, receber um conteúdo da experiência e que devem exprimir a autonomia da razão pura prática, as regras morais só podem consistir na própria forma da lei. "Age sempre de tal maneira que a máxima de tua ação possa ser erigida em regra universal" (primeira regra). O respeito pela razão estende-se ao sujeito racional: "Age sempre de maneira a tratares a humanidade em ti e nos outros sempre ao mesmo tempo como um fim e jamais como um simples meio" (segunda regra). Desse modo, o princípio do dever, para ser absolutamente rigoroso, não implica em nenhuma "alienação", como diríamos hoje, em nenhuma "heteronomia", como diz Kant.

Para se unirem numa justa reciprocidade de direitos e obrigações, os homens só têm que obedecer às exigências de sua própria razão: "Age como se fosses ao mesmo tempo legislador e súdito na república das vontades" (terceira regra).

O único sentimento que tem por si mesmo um valor moral nessa ética racionalista é o sentimento do respeito, pois não é anterior à lei, mas é a própria lei moral que o produz em mim; ele me engrandece, ele me realiza como ser racional que obedece à lei moral. Vimos que, pelo fato de ser puramente formal, essa moral não me propõe, efetivamente, um ato concreto a realizar. Ela simplesmente autoriza ou proíbe este ou aquele ato que tenho vontade de praticar. Por exemplo, vejo de imediato que não tenho o direito de mentir, mesmo que me diga: e se todos fizessem o mesmo? A mentira de todos para com todos é contraditória, portanto, proibída. A moral formal, por conseguinte, apresenta-se como essencialmente negativa. Como diz Jan Kélévitch, o imperativo categórico é um "proibitivo categórico".

A moral de Kant, ao privilegiar a razão humana, exprime sua desconfiança com relação à natureza humana, aos instintos, às tendências de tudo o que é empírico, passivo, passional, ou, como diz Kant, patológico. Tal é o rigoríssimo kantiano. A razão fala sobre a forma severa do dever porque é preciso impor silêncio à natureza carnal, porque é preciso, ao preço de grande esforço, submeter a humana vontade à lei do dever. Por conseguinte, o domínio da moral não é o da natureza (submissão animal aos instintos) nem o da santidade (em que a natureza, transfigurada pela graça, sentiria uma atração instintiva e irresistível pelos valores morais). O mérito moral é medido precisamente pelo esforço que fazemos para submeter nossa natureza às exigências do dever.

- http://www.casadobruxo.com.br/ilustres/kant2.htm/ http://weberchagas.files.wordpress.com/ http://www.eses.pt/usr/ramiro/Kant.htm/ http://www.mundodosfilosofos.com.br/kant2.htm

domingo, 11 de setembro de 2011

A avaliação moral

 A avaliação moral compreende três elementos:
  1. O valor atribuível
  2. O objeto avaliado
  3. O sujeito que avalia
Numa caracterização geral da avaliação moral, a avaliação, por ter atribuição de um valor constituído ou criado pelo homem, possui um caráter concreto, histórico, social. Também é preciso considerar que se pode atribuir valor moral a um ato se, e somente se, tiver ele conseqüências que afetam a outros indivíduos, a um grupo social ou à sociedade inteira. A avaliação é sempre atribuição de um valor por parte de um sujeito. Portanto, pelo valor atribuído, pelo objeto avaliado e pelo sujeito que avalia, a avaliação tem sempre um caráter concreto, ou seja, é a atribuição de um valor concreto numa situação determinada.

A avaliação moral pressupõe um critério geral a partir do qual se atribui um juízo de valor a uma ação ou a uma norma de conduta. Esse critério geral é uma interpretação histórica do que seja o bem/mal. Isso fica claro quando analisamos os juízos de valor emitidos no cotidiano. Normalmente não se afirma que tal ação, do indivíduo tal, é valiosa, mas afirma-se que é boa ou má. Embora opostos, bem/mal estão sempre em correlação. Saber o que é bom é saber o que é mau.

Sendo assim, avaliaremos o valor moral fundamental: a bondade.

• O bom como valor:

O ato moral pretende ser uma realização do “bom”. Comportando-se moralmente, os homens aspiram ao bem, isto é, a realizar atos moralmente bons. Definir o bom implica definir o mau. De uma sociedade para outra, mudam as idéias sobre o bom e o mau de acordo com as diferentes funções da moral efetiva de cada época, e essas mudanças se refletem sob a forma de novos conceitos nas doutrinas éticas. Nos povos primitivos o bom é, antes de tudo, a valentia, enquanto o mau é a covardia. Com a divisão da sociedade em classes, perde o seu significado universal humano. Na Idade Média é bom o que derivada vontade de Deus. Nos tempos modernos, o bom é o que concorda com a natureza humana concebida de uma maneira universal e abstrata que podemos definir no pensamento ético como felicidade, prazer, boa vontade, utilidade. Mas também pode ser caracterizado como verdade, poder, riqueza e Deus.

O bom como valor, é algo que fazemos espontaneamente. A esta avaliação moral que fazemos quase sem dar conta, chamamos de "voz da consciência", isto é: a capacidade natural de perceber em cada caso concreto qual o dever e qual o bem a que é necessário atender em primeiro lugar. A consciência avalia a prioridade e a medida oportunas baseado no sistema de crenças do indivíduo.

• O bom como felicidade (eudemonismo):

Aristóteles parte do princípio de que o bem último visado por todos os seres humanos é a felicidade. As outras coisas consideradas boas são meios, por vezes imprescindíveis para ser feliz. Meios que, na perspectiva realista de Aristóteles, dependem de certas condições sociais concretas. Na interpretação de Vázquez, Aristóteles considera que a felicidade está no exercício da razão, uma vez que esta especifica os seres humanos e os distingue dos demais. A contemplação exige uma série de condições, como segurança econômica, liberdade pessoal, sem as quais não se pode ser feliz. Motivo pelo qual o filósofo considerava que os escravos, as mulheres e as crianças não podem ser felizes.

Vázquez concorda que a felicidade é impossível quando se vive em situação de miséria, de exploração, de discriminações, de falta de liberdade política. Mas, ainda na perspectiva de Aristóteles, afirma que a criação das condições favoráveis não garante a felicidade, uma vez que pode haver muitos obstáculos para a obtenção da felicidade, como os fracassos pessoais no amor, no exercício profissional; as doenças; as mortes. Contudo, as condições sociais influem decisivamente para que cada indivíduo possa ser feliz. 

Este conteúdo varia de acordo com as relações sociais que o determinam e a cujos interesses serve. Portanto, não se pode considerar, como adequada à natureza humana em geral, a felicidade que hoje se reduz às tendências egoístas do indivíduo ou ao seu “espírito de posse”. Numa sociedade na qual não vigore o princípio da propriedade privada nem a onipotência do dinheiro, e na qual o destino pessoal não se possa conceber separado da comunidade, os homens terão de buscar outro tipo de felicidade.
• O bom como prazer (hedonismo):

O termo significa tanto o sentimento ou estado afetivo agradável que está presente em diferentes experiências e cujo oposto é o desprazer, quanto à sensação agradável produzida por certos estímulos, cujo oposto é a dor. Mas já para Epicuro, ao formular sua filosofia do prazer, não se refere aos prazeres sensíveis, imediatos e fugazes, cuja curtição imoderada acaba por provocar males, mas refere-se a prazeres mais duradouros e superiores; grego como foi, prioriza os prazeres intelectuais e estéticos.
Veja as teses básicas do hedonismo ético:
  • Todo prazer é intrinsecamente bom – Essa tese pressupõe que o ser humano deseja o prazer e procura evitar a dor. Sanchez Vázquez objeta que o fato der ser desejado não é critério de bondade, uma vez que em termos morais se devem considerar os possíveis efeitos das ações, principalmente os que atingem a terceiros. Para que tenha uma significação moral o prazer não pode ser considerado apenas intrinsecamente ou em si mesmo, mas também extrinsecamente, isto é, com relação às conseqüências da ação para o meio e para os outros. Isso significa que tal tese não tem, a rigor, significação moral.
  • Somente o prazer é intrinsecamente bom – É certo que uma boa ação pode produzir satisfação em quem a executa, mas segundo essa tese o seu valor moral não tem a ver com a bondade da ação, ou com as conseqüências, mas com o prazer que produz.  Mas uma ação moralmente negativa também pode ser prazerosa para quem a pratica, mesmo que os afetados por tal ação sofram as conseqüências negativas. O problema é que o bem não pode ser reduzido ao prazer ou estar a serviço deste, como se fosse algo meramente instrumental.
  • A bondade de uma ação é proporcional ao prazer que produz – Sendo que esta proporcionalidade pode ser quantitativa (mensurável, sem relação com o valor ou a bondade), ou qualitativa (correlacionando a qualidade com o valor ou a bondade).
O hedonismo é um subjetivismo porque reduz tudo a reações psíquicas do indivíduo, e, ao passar da constatação do fato (vivência prazerosa) ao juízo de valor comete uma falácia lógica.
 
• O bom como “boa vontade” (formalismo Kantiano):

Kant defende que o bom deve ser algo incondicionado, sem restrição alguma. A felicidade está sujeita a certas condições, e se essas não se verificam não se pode ser feliz. A boa vontade é uma determinação de fazer algo, de ser bom de uma maneira absoluta, sem restrição alguma, em toda circunstância e em todo momento, sejam quais forem os resultados ou as conseqüências da nossa ação, ou seja, a vontade que age não só de acordo com o dever, mas pelo dever, determinada, única e exclusivamente pela razão. Contra esta concepção Kantiana da “boa vontade”, existem algumas objeções mas em suma, por seu caráter ideal, abstrato e universal, oferece-nos um conceito do bom totalmente inexequível neste mundo real e, portanto, inoperante para a regulamentação das relações entre os homens concretos.
  
• O bom como útil (utilitarismo):

Útil para quem?  O que significa útil? Essa pergunta não pode ser interpretada de forma egoísta, pois os autores não defendem o egoísmo ético. Mas o sentido oposto o bem para os outros seria altruísta, que também não é a posição defendida. O egoísmo exclui os outros e o altruísmo exclui o interesse pessoal. O utilitarismo visa superar este antagonismo afirmando que bom é aquilo que é útil ou vantajoso para o maior número de pessoas, incluindo também o meu interesse pessoal.

O utilitarismo depara-se imediatamente com o problema do conflito entre diversos interesses. Quando o interesse geral exige que os indivíduos disponham inclusive de suas vidas, por exemplo, numa guerra, para a defesa do bem-estar, como resolver o problema, uma vez que não se supõe o altruísmo? A solução vem do cálculo: maior bem-estar para um maior número. O utilitarismo adota o critério do resultado da expectativa das conseqüências. Se as conseqüências forem vantajosas para um número maior de pessoas a ação foi útil, isto é, boa. Como as conseqüências são posteriores à ação, faz-se necessário um cálculo prévio dos prováveis efeitos.

Para mostrar o problema desta teoria podem-se pensar a hipótese de se ter 5 pacientes aguardando por órgãos para um transplante, diante de uma pessoa sadia, que dispõe dos órgãos. O bem para o maior número nesse caso autorizaria matar uma pessoa para beneficiar as outras cinco?

A natureza do bom:

A relação entre o indivíduo e a comunidade varia com o tempo e com as diferentes sociedades. Na sociedade moderna o bom só pode ocorrer realmente na superação da fusão entre o indivíduo e a comunidade, ou na harmonização dos interesses pessoais com os verdadeiramente comuns ou universais. A realização do bom na superação do círculo estreito dos interesses exclusivamente pessoais, no significado social da atividade do indivíduo, d otrabalho ou do estudo e na transformação das condições sociais, acarreta uma peculiar relação determinada pela estrutura social. O egoísmo e suas opostas manifestações – solidariedade, cooperação e ajuda mútua – são encorajadas ou obstaculizadas de acordo com as condições concretas nas quais vivem os homens. Por isso, o problema do bom como conjunção dos interesses pessoais e dos interesses coletivos é inseparável do problema das bases e das condições sociais que tornam possível a sua realização.
 
 http://artedeviver.no.sapo.pt/juizodaconsciencia.htm / http://pt.scribd.com/doc/58173862/7/CAPITULO-VII-A-AVALIACAO-MORAL / http://www.artigonal.com/administracao-artigos/observacao-geral-a-avaliacao-moral-4184200.html / http://www.cfh.ufsc.br/~conte/hume-albieri.pdf / http://www.dejovu.com/mensagens/ver/?29723

Texto Empresarial

Diferentemente do texto jornalístico e do literário, a comunicação empresarial tem como seu principio fundamental gerar uma resposta objetiva àquilo que é transmitido. Ou seja, gerar uma ação.
 
A redação empresarial é uma ferramenta essencial a todos os tipos de negociação, pois, na maioria das vezes, o texto escrito é a expressão concreta de um fechamento de contrato, recibo ou correspondência confirmando o que foi conversado entre o negociante e o cliente. Nesses casos, embora a palavra seja importante, o que sempre prevalece é o escrito. Se o cliente der a resposta que se espera, o texto foi eficaz; se não, o texto tem de ser obrigatoriamente repensado e reescrito.
 
Sem dúvida, um bom domínio da língua portuguesa é uma primeira ferramenta importante no momento da elaboração do texto e para as demais formas de comunicação. A recomendação essencial é a tentativa de construção de um texto coeso, coerente, objetivo e bem redigido. A criatividade e o humor também podem ser elementos interessantes no momento de produção da mensagem, desde que bem utilizadas.

Os produtores ou emissores de textos empresariais devem estar cientes da importância da comunicação, sobretudo nas empresas, e do alto grau de responsabilidade da informação segura, precisa e ágil. Portanto, a credibilidade é outra característica indispensável a toda redação empresarial de qualidade. 
 
Nota: É importante saber que uma boa produção textual exige um bom domínio técnico da língua, prática, re-elaborações e re-leituras constantes. 

- scrittaonline.com.br - Fernanda Miguel e Laila Vanetti/ juarezfrmno2008sp.blogspot.com/

A dialética radical do poeta Ivan Junqueira

Nós todos usamos a linguagem, a maior parte do tempo, para pedir ou transmitir informações. Esse uso, mesmo quando é utilitário, não deixa de ser legítimo. Precisamos nos comunicar. Sinto uma necessidade dupla: quero que o outro (o interlocutor) me entenda e quero também entendê-lo.

A linguagem, contudo, não se limita a informar, não se reduz à função de comunicar dados e fatos, conhecimentos constituídos. Há uma dimensão constituinte na atividade humana. Os seres humanos estão constantemente modificando o mundo; eles inventam coisas novas, eles se inventam a si mesmos.
A linguagem deve dar conta não só das necessidades objetivas, mas também das necessidades subjetivas, que expressam nas palavras, nas imagens, nos sentimentos, nas sensações, nas emoções, nas intuições - em tudo que os seres humanos podem sentir diante do novo - a capacidade da humanidade de enriquecer sua linguagem. "O sentido subjetivo está na base da subversão de qualquer ordem que se queira impor ao sujeito ou à sociedade" - Fernando González

Indo um pouco mais fundo: expressam a capacidade da humanidade de se enriquecer através da linguagem.

Dizer melhor alguma coisa, senti-la melhor e pensá-la melhor são desafios interligados. Se o sujeito falha ao enfrentar um deles, ficará prejudicado em seu esforço de enfrentar os outros dois. Quem se exprime mal, em geral, está confuso tanto no plano do pensamento quanto no da sensibilidade.

Esse é um dos pontos que tornam extremamente necessária a discussão da importância da linguagem poética na sociedade contemporânea. As pessoas nem sempre percebem que a poesia não é mero entretenimento, brincadeirinha literária inconseqüente.

A dinâmica de uma sociedade que é posta a girar em torno do mercado (uma dinâmica que tende a transformar tudo em mercadoria, que põe um preço em todas as coisas) acarreta certo desprezo inevitável pelos valores qualitativos, quer dizer, pelos valores que expressam as qualidades - incomensuráveis! - dessa espécie tão criativa que é a dos seres humanos. - consciencia.net/ tce.ce.gov.br/ artigos.netsaber.com.br

Língua Falada e Língua Escrita

Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.

No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: 
  • Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.
  • Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola. 
  • Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura. 
  • Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
  • Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta. - soportugues.com.br

Semelhanças e Diferenças na Linguagem

Uma diferença muito nítida vai encontrar no fato de que a linguagem verbal é linear. Isto quer dizer que seus signos e os sons que a constituem não se superpõem, mas se sucedem destacadamente um depois do outro no tempo da fala ou no espaço da linha escrita. Em outras palavras, cada signo e cada som são usados num momento distinto do outro. Essa característica pode ser observada em qualquer tipo de enunciado lingüístico. Na linguagem não-verbal, ao contrário, vários signos podem ocorrer simultaneamente. Se na linguagem verbal, é impossível conceber uma palavra encavalada em outra, na pintura, por exemplo, várias figuras ocorrem simultaneamente. Quando contemplamos um quadro, captamos de maneira imediata a totalidade de seus elementos e, depois, por um processo analítico, podemos ir decompondo essa totalidade.

O texto não-verbal pode em princípio, ser considerado dominantemente descritivo, pois representa uma realidade singular e concreta, num ponto estático do tempo. Uma foto, por exemplo, de um homem de capa preta e chapéu, com a mão na maçaneta de uma porta é descritiva, pois capta um estado isolado e não uma transformação de estado, típica da narrativa.

Mas podemos organizar uma seqüência de fotos em progressão narrativa, por exemplo, assim:

a) foto de um homem com a mão na maçaneta da porta;
b) foto da porta semi-aberta com o mesmo homem espreitando o interior de um aposento;
c) foto de uma mulher deitada na cama, gritando com desespero;

Como nessa seqüência se relata uma transformação de estados que se sucedem progressivamente, configura-se a narração e não a descrição. Essa disposição de imagens em progressão constitui recurso básico das histórias em quadrinhos, fotonovelas, cinema etc.

Sobretudo com relação a fotografia, ao cinema ou a televisão, pode-se pensar que o texto não-verbal seja uma cópia fiel da realidade. Também essa impressão não é verdadeira. Para citar o exemplo da fotografia, o fotógrafo dispõe de muitos expedientes para alterar a realidade: o jogo de luz, o ângulo, o enquadramento, etc.
A estatura do indivíduo pode ser alterada pelo ângulo de tomada da câmera, um ovo pode virar uma esfera, um rosto iluminado pode passar a impressão de alegria, o mesmo rosto, sombrio, pode dar impressão de tristeza. Mesmo o texto não-verbal, recria e transforma a realidade segundo a concepção de quem o produz. Nele, há uma simulação de realidade, que cria um efeito de verdade.

Os textos verbais podem ser figurativos (aqueles que reproduzem elementos concretos, produzindo um efeito de realidade) e não-figurativos (aqueles que exploram temas abstratos). Também os textos não-verbais podem ser dominantemente figurativos (as fotos, a escultura clássica) ou não-figurativos e abstratos. Neste caso, não pretendem sumular elementos do mundo real (pintura abstrata com oposições de cores, luz e sombra; esculturas modernas com seus jogos de formas e volumes). - fflch.usp.br/ coladaweb.com

Conceito de Linguagem

O termo linguagem designa um sistema organizado de sinais e símbolos, complexo, extenso e com propriedades particulares que desempenha uma função de codificação, estruturação e consolidação dos dados sensoriais, transmitindo-lhe um determinado sentido ou significado e permitindo ao homem comunicar as suas experiências e transmitir os seus saberes - é, portanto, um sistema de troca de informações. Além desta função de comunicação, a linguagem desempenha ainda outras funções, entre as quais a apelativa, expressiva, descritiva, estética, argumentativa e persuasiva.
 
Quando se fala em texto ou linguagem, normalmente se pensa em texto e linguagem verbais, ou seja, naquela capacidade humana ligada ao pensamento que se concretiza numa determinada língua e se manifesta por palavras (verbum, em latim). 
Mas, além dessa, há outras formas de linguagem, como a pintura, a mímica, a dança, a música e outras mais. Com efeito, por meio dessas atividades, o homem também representa o mundo, exprime seu pensamento, comunica-se e influencia os outros. Tanto a linguagem verbal quanto à linguagem não-verbal expressam sentidos e, para isso, utilizam-se de signos, com a diferença de que, na primeira, os signos são constituídos dos sons da língua (por exemplo, mesa, fada, árvore), ao passo que nas outras exploram-se outros signos,como as formas, a cor, os gestos, os sons musicais, etc.

Em todos os tipos de linguagem, os signos são combinados entre si, de acordo com certas leis, obedecendo a mecanismos de organização. - knoow.net/ etumos-sil.blogspot.com/ coladaweb.com 

sábado, 10 de setembro de 2011

A "Cyborgização" da cultura robótica

Levamos milhares de anos caçando com facas de pedra e inertes em nossa cultura mórbida da sobrevivência. De repente, estávamos construindo casas de pedra, estátuas, tumbas, pirâmides, crânios de cristal... desenhando e adorando seres superiores. Logo nos organizamos em sociedade e começamos a desenvolver uma sobrevivência comunitária.
Passados mais alguns milhares de anos, começamos a desenvolver culturas filosóficas de ordem social no intuito de transmitir nossos conhecimentos, nossas ideologias e nossas crenças por mais bizarras que fossem. Começamos a criar lendas e mitologias que dariam esperança para os homo sapiens, raça hibrida de neandertal e alguma coisa desconhecida que oculpa 80% do nosso dna.
Após mais algumas centenas de anos, começamos do nada, a dominar técnicas inimagináveis que chamaríamos de tecnologia, e que começaria a mudar todo o globo terrestre, assim como toda a vida conhecida.
Mas da noite para o dia, tornamo-nos capazes não apenas de mudar a nossa história, mas capazes de mudar nossa estrutura molecular, criando seres simbióticos - misturas de carne e máquinas cibernéticas, que surgem em nossos dias de novos paradigmas: o eletrônico-digital e a biogenética. É com o surgimento da sociedade de informação e do corpo simulacro, que a figura do cyborg pode sair da ficção-científica e ingressar na vida quotidiana como salvação para deficientes e acidentados num futuro extremamente próximo.
Além das vantagens ôrganicas que são realidade, ainda existe a pesquisa já avançada na produção de cérebros eletrônicos que não só "nascem" sabendo, mas terão o poder de aprender, absorver informações desenvolvendo uma identidade individual como os hibridos homo sapiens. A tecnogênese promete milagres para nossos dias ainda, trazendo primeiramente para dentro de cada lar um " robô humano artificial" - para trabalhos domésticos, companhia ou mesmo desejos extravagantes, feito de aço e silicone para se parecer com um humano, carregado de tecnologia digital com um cérebro mecânico mas que leva em seus chips a mesma estrutura biológica dos seres vivos. Ou seja, teremos um concorrente à altura que poderá futuramente se tornar numa espécie dominante trazendo sérios problemas para a raça humana com a sua capacidade de absorção de conhecimento milhares de vezes mais potente que o cerebro do homo sapiens.
Diante de acontecimentos tão atuais, com a aprovação de vários governos pelo mundo, fica a pergunta que se faz com frequencia nos dias de hoje para tantos temas: Isto é éticamente correto? Como se cria uma coisa que pode pôr em risco a própria existência humana? Não haveria a necessidade de se discutir isto, a nível global, antes de se pôr na prática? - Wagner Miranda

Marketing X vendas

 
É comum nas grandes empresas estes dois departamentos serem separados e agirem de forma individual. Hoje já existe até um profissional específico que visa organizar a comunicação entre os dois setores. Uma grande empresa precisa de bons funcionários que falem uma só lingua no objetivo único de vender o produto que a empresa produz ou representa.
O departamento de vendas é o órgão vital de uma companhia, pois possibilita seu crescimento sustentado e, para alcançar este objetivo, é imprescindível a comunicação clara e simplista com todos os demais setores da empresa, especialmente o departamento de marketing.
Como tecnólogos imobiliários que pretendemos ser, precisamos não só entender este frágil equilíbrio, como conhecer em minúcia os produtos que iremos representar, pois um bom vendedor tem que ser um bom marketeiro; e tudo isso depende única e exclusivamente da comunicação. - Wagner Miranda [Comentário no Fórum]

domingo, 4 de setembro de 2011

Vícios de Linguagem - Ambiguidade

AMBIGUIDADE: É a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto, a duplicidade de sentido em uma construção sintática. Ocorre geralmente, nos seguintes casos:

Má colocação do Adjunto Adverbial
  • Exemplo: Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais sadias.
  • Ambiguidade: As crianças são mais sadias porque recebem leite frequentemente ou são frequentemente mais sadias porque recebem leite?
  • Eliminando a ambiguidade: Crianças que recebem frequentemente leite materno são mais sadias.  /  Crianças que recebem leite materno são frequentemente mais sadias.

Com pronome pessoal
  • Exemplo: O baterista não fala com o guitarista há dois meses. Motivo: ele é excêntrico, fala o que quer, parece um imperador que recebe seus súditos quando lhe dá na telha.
  • Ambiguidade: ELE = guitarista ou baterista? - falta de coesão
  • Eliminando a ambiguidade: O baterista não fala com o guitarista. Motivo: o líder do grupo é excêntrico…
  • Observação: Poderia usar “este” para referir-se ao mais próximo (guitarista) ou “aquele” o mais distante (baterista) ou  ainda poderia utilizar um sinônimo.
Com pronome demonstrativo
  • Exemplo: O chapéu protege você contra o sol, ponha isso na sua cabeça!
  • Ambiguidade: ISSO – chapéu ou a frase toda.
  • Eliminando a ambiguidade: O chapéu protege você contra o sol, ponha-o na sua cabeça!
  • Exemplo: O leão não quer nem saber… O governo não assumirá a responsabilidade pelos dados incorretos fornecidos pelos declarantes à Receita Federal e ainda pelas conseqüências desastrosas que esses trarão.
  • Ambiguidade: ESSES – dados incorretos  ou declarantes.
  • Eliminando a ambiguidade: O governo não assumirá a responsabilidade pelos dados incorretos fornecidos pelos declarantes à Receita Federal e ainda pelas conseqüências desastrosas que essas informações trarão.
Com pronome possessivo
  • Exemplo: O PT de Lula desentendeu-se com a oposição em face da sua política de contenção.
  • Ambiguidade: SUA – PT de Lula ou à oposição.
  • Eliminando a ambiguidade: O PT de Lula desentendeu-se com a oposição em face da política de contenção do governo.
  • Exemplo: Os vizinhos do atacante Romário comunicaram à imprensa o seu afastamento do clube…
  • Ambiguidade: SEU – dos vizinhos ou de Romário.
  • Eliminando a ambiguidade: Os vizinhos do atacante Romário comunicaram à imprensa que o craque afastou-se do clube…
Uso Incorreto do Pronome Relativo
  • Exemplo: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a cama.
  • Ambiguidade: O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?
  • Eliminando a ambiguidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes a qual estava sobre a cama.  /  Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava sobre a cama.
  • Observação: Neste exemplo, pelo fato de os substantivos estojo e aliança pertencerem a gêneros diferentes, resolveu-se o problema substituindo os substantivos por o qual / a qual. Se pertencessem ao mesmo gênero, haveria necessidade de uma reestruturação diferente.
  • Exemplo: Fernando Pessoa foi genial, criou vários heterônimos, cada um deles com um estilo próprio; os mais famosos são Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Eis a obra de um poeta, que todos deveríamos respeitar.
  • Ambiguidade: QUE – pode retomar – poeta  ou obra.
  • Eliminando a ambiguidade: Poderia ter usado – o qual ( poeta) ou a qual (obra).

    Má Colocação de Pronomes, Termos, Orações ou Frases
    • Exemplo: Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto.
    • Ambiguidade: O garotinho estava no quarto dele ou da senhora?
    • Eliminando a ambiguidade: Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dela.           /      Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dele.
    • Exemplo: Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo.
    • Ambiguidade: Quem estava sentado na varanda: o menino ou o mendigo?
    • Eliminando a ambiguidade: O menino avistou um mendigo que estava sentado na varanda            /       O menino que estava sentado na varanda avistou o mendigo
    Decorrente do duplo sentido da palavra (que varia no contexto em que é inserida)
    • Exemplo: A saúde não tem remédio!
    • Ambiguidade: xarope, comprimido (sentido literal) ou solução (sentido conotativo).
    • Eliminando a ambiguidade: Interpretação 1 – O governo não tem estoque de remédios.
      Interpretação 2 – A saúde, no país, não tem solução.
      OUTROS EXEMPLOS DE AMBIGUIDADE:



      Placa Informativa:
      Não dá para saber se a família está de mudança ou se a família é muda, de deficiencia física.





      Ambiguidade no Portal de Notícias G1/Globo.com

      Afinal de contas, foi o membro do Jota Quest que espancou um travesti até a morte?




      Placa localizada na Praça da Liberdade em Belo Horizonte-MG

      Recolher as fezes de quem? Do cão ou do condutor?




       Placa informativa:

      Corta o cabelo e pinta ou corta o cabelo e castra o indivíduo?


      • Exemplo: "Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
      • Exemplo: "Onde está a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)
      • Exemplo: "Este líder dirigiu bem sua nação"("Sua"? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?)
      • Exemplo: "Venceu o Brasil a Argentina" (Quem foi o vencedor: o Brasil ou a Argentina?)
      • Exemplo: "Meu pai foi à casa de José em seu carro" (No carro de quem, de José ou do pai?)
      • Exemplo: "Na década de 70, os jogadores do Vasco não levavam os treinos a sério, como acontecia no Cruzeiro." (O que acontecia no Cruzeiro? O autor da frase quis equiparar os jogadores do Cruzeiro aos do Vasco ou, ao contrário, quis fazer uma oposição, afirmando que os cruzeirenses levavam os treinos a sério, diferentemente dos vascaínos?)
      • Exemplo: "João deixou as pessoas felizes." (João deixou felizes as pessoas ou deixou as pessoas que eram felizes?)
      • Exemplo: “O professor falou com o aluno parado na sala” (Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor?)
      • Exemplo: “A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos.” (O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua?)
      • Exemplo: “Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com freqüência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão.” (“As pessoas que, com freqüência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão” ou “As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com freqüência, sintomas de irritabilidade e depressão”)
      • Exemplo: “O PT de Lula desentendeu-se com a oposição em face da sua política de contenção.” (SUA – PT de Lula ou à oposição. "O PT de Lula desentendeu-se com a oposição em face da política de contenção do governo")
      • Exemplo: “Os vizinhos do atacante Romário comunicaram à imprensa o seu afastamento do clube…” (SEU – dos vizinhos ou de Romário. "Os vizinhos do atacante Romário comunicaram à imprensa que o craque afastou-se do clube…”)
      • Exemplo: “Os vizinhos do atacante Romário comunicaram à imprensa o seu afastamento do clube…” (SEU – dos vizinhos ou de Romário. "Os vizinhos do atacante Romário comunicaram à imprensa que o craque afastou-se do clube…”)

        1. Obs 1: O pronome possessivo "seu(ua)(s)" gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.
        2. Obs 2: A preposição "como" também gera confusão com o verbo "comer" na 1ª pessoa do singular.
        A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem. Uma das estratégias para evitar esses problemas é revisar os textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor.

        Ambiguidade como Recurso Estilístico

        Em certos casos, a ambigüidade pode se transformar num importante recurso estilístico na construção do sentido do texto. O apelo a esse recurso pode ser fundamental para provocar o efeito polissêmico do texto. Os textos literários, de maneira geral (como romances, poemas ou crônicas), são textos com predomínio da linguagem conotativa (figurada). Nesse caso, o caráter metafórico pode derivar do emprego deliberado da ambigüidade.

        Podemos verificar a presença da ambigüidade como recurso literário analisando a letra da canção “Jack Soul Brasileiro”, do compositor Lenine.

        Ambiguidade em Textos Publicitários - Veja Mais

        Na publicidade, é possível observar o “uso e o abuso” da linguagem plurissignificante, por meio dos trocadilhos e jogos de palavras. Esse procedimento visa chamar a atenção do interlocutor para a mensagem. Para entender melhor, vamos analisar a seguir um anúncio publicitário, veiculado por várias revistas importantes.

        Sempre presente Ferracini Calçados

        O slogan “Sempre presente” pode apresentar, de início, duas leituras possíveis: "o calçado Ferracini é sempre uma boa opção para presentear alguém"; ou, ainda, "o calçado Ferracini está sempre presente em qualquer ocasião", já que, supõe-se, pode ser usado no dia-a-dia ou em uma ocasião especial. 

        - pt.wikipedia.org/ brasilescola.com/ essagalinhatadearte.tumblr.com/ filologia.org.br/ desciclopedia.org/ portuguescolegiao.wordpress.com
         

        Linguagem não verbal mal compreendida

        Placa norueguesa informando ser proibido subir na mureta, pois pode ser atacado pelo animal... Que animal é esse mesmo?
        Entendi: Não sirva o seu filho como alimento para o Lobisomem!

        Placa americana informando sobre o risco de ser atingido por um avião. 
        Entendi: Perigo - Aviões quicando

        Placa informando que é proíbido roubar peixe. 
        Entendi: Proíbido correr com o peixe!

        Placas tentando informando que as crianças devem ficar junto do adulto. 
        Entendi: Fiquem quietos. É proibido dançar no sofá!

        Placa informando que crianças, mulheres e homens devem subir pelas escadas. 
        Entendi: Permitido dançar macarena próximo das escadas

        A Comunicação Empresarial e seus Profissionais

        Com a inclusão das classes menos favorecidas no âmbito comercial, da popularização do conhecimento, das novas 'linguagens' criadas via globalização e do crescimento acelerado das tecnologias gerando mudanças bruscas no mundo comercial, a comunicação empresarial passou a abranger um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos no sentido de estabilizar a imagem de uma empresa neste mercado novo com diferentes públicos com suas culturas e linguagens particulares.

        O profissional da atualidade não pode ter apenas conhecimento e habilidades em seu curriculo, mas também uma visão abrangente do mercado e do universo dos negócios. Aquele que se limita ao conhecimento técnico de seu setor, fica para trás na corrida profissional e pode não encontrar mercado de trabalho. O conhecimento digital e suas formas de comunicação são indispensáveis para um bom profissional se encontrar neste novo mercado de trabalho.

        Dessa forma, as empresas precisam não apenas que seus funcionários tenham um poder de comunicação abrangente com conhecimentos da diversificação de canais e sua intensa digitalização que levam à uma onipresença das marcas nas vidas das pessoas, mas que saibam exatamente o que e como estão fazendo para facilitar a fixação de conteúdos ou sua diferenciação da marca que ele representará.

        A Comunicação Empresarial já desempenha papel fundamental, definindo-se como estratégica para as organizações, superada a fase anterior, em que suas ações, produtos e profissionais eram vistos como acessórios, descartáveis ao primeiro sinal de crise. - Wagner Miranda

        A influência da Pirataria nas Transformações Sociais, Culturais e Econômicas

        Temos que agradecer principalmente aos 'chineses' por boa parte na mudança comercial dos nossos dias. Com o vislumbre das classes C/D através da pirataria chinesa e o avanço na responsabilidade social de pouquissimas grandes multinacionais que procuraram inovar na inclusão social, as demais empresas tiveram que ir se ajustando a novas realidades econômicas e mudar suas formas de produzir e comercializar os produtos pois, de certa forma, a pirataria tem um papel de combater as mazelas do sistema econômico popularizando tecnologias para democratização dos bens culturais e tecnológicos que podem chegar a todas as classes sociais, gerando maior liberdade de observação, aprendizado e escolha.

        Os governos sentiram o impacto da 'pirataria' com produtos cada vez mais competitivos e precisaram agir rápido na defesa das empresas e industrias, criando facilidades para que os 'anti-copyright' pudessem produzir e comercializar seus produtos por preços acessíveis para todas as classes sociais; sendo assim, as barreiras de classes foram de certa forma quebradas e hoje podemos ver altas tecnologias em mãos nobres e simples sendo utilizadas 'de igual para igual', mudando por completo o modo de vida desta e das próximas gerações através da chamada 'globalização popular' animada por milhões de 'sacoleiros' no mundo inteiro e os milhões e milhões de pessoas que, no aconchego de suas casas, baixam uma gigantesca quantidade de material sem pagar pelo seu uso.

        Isto vem mudando por completo os sistemas culturais, dando mais equilíbrio econômico para os menos favorecidos e trazendo consciência social através do grande volume de conhecimento, popularizado pelo protocolo www (internet), disponibilizado gratuitamente para o mundo pelo seu criador. Isso vem mudando por completo esta geração e derrubando governos ao redor do mundo que não se adaptam às novas realizades de um mundo globalizado, onde a ética não é apenas um estudo, mas uma necessidade de sobrevivência. - Wagner Miranda